Sunday, October 30, 2011

Desapego

A decisao de ser feliz é dura! Nao é?
Requer acreditar que o sonho vai virar realidade, ter coragem de iniciar o movimento sem ver o fim da história, ser forte para aguentar caso nao de certo. Ser forte para continuar acreditando e tentar de novo.
Requer ser sereno para aprender com o passado, mas desapegar das nossas histórias tristes, investir nao em um final, mas em um comeco e em um continuar felizes no nosso presente.
E às vezes a gente está tao perto, sente até o cheiro... mas se nao acontece, fazer o que?
A decisao de ser feliz independe do resultado, acho que talvez seja esse o segredo. Fazer porque é assim que tem que ser feito, nao porque vamos obter o sucesso, ou porque vai dar certo.
Ser feliz por agir conforme sente ou acredita. Ama? Entao ame mesmo. Está gostando da história? Entao viva a história, mesmo sem saber como ou se ela vai acabar. Essa é a nossa vida.
Eu sei, no nosso caminho tem tanta gente estranha, e às vezes fazendo pra nós o que a gente acredita ser o mal. Ou pior, muitas vezes atraímos essas pessoas e revivemos histórias negativas... como fazer entao? como saber? A gente quer acertar, nao errar, e errar, e errar.
Vivo errando, penso eu. E dói, um monte de vezes. Mas fazer ginástica dói também. Ter filho dói. Ir embora de lugares e deixar amigos dói. Quando alguém que voce gosta vai embora desta vida, dói.
Dor faz parte do processo físico de existir! Vamos parar de ter medo de sentir dor?
Coragem pra nós, coragem! Estamos nessa vida pra sentir!!! Voce escolhe o que! Voce pode escolher sentir medo, sofrer, sentir pena de si mesmo porque a vida lhe pregou pecas doloridas. Ou pode escolher levantar depois de cair, chorar e botar pra fora sua dor, e depois tentar de novo.
E assim com tudo na vida, tudo! O sentido da vida é praticar. Chega uma hora que voce se torna um mestre naquilo que praticou a vida inteira. Simples assim.
Eu escolho amar, ser feliz, me doar e receber de bom grado as coisas boas que as pessoas querem me oferecer.
Mesmo se às vezes acaba, dói e eu choro pra caramba.

Wednesday, May 16, 2007

A felicidade vem de dentro

Tanto a felicidade como a amargura podem vir de pequenas iluminações de verdade que de repente brotam na mente. Brotar é quântico! (E é a minha palavra preferida do momento.) Eis que no calvário de lágrimas que é a sua vida, surge do além, um sentimento humilde de compartilhar sua existência com a essência, e pronto! Os fatos todos continuam como antes, porém muda-se a perspectiva. A dor vai embora, fica o aprendizado e um sentimento enorme de alívio.

E que venham as músicas felizes de Ernesto Nazareth! Um dia vou aprender a tocar piano...

a question of timing...

Is there an exact timing for everything? ... like the right cooking point, like the moment to jump out of a plane, like the moment to let yourself fall in love...

And if you decide to do it a moment a little too late, well, you just missed that bus, better wait for the next one...

This happens many times over in our lives, sometimes we weren't looking that way when it happened, sometimes you just couldn't decide to go do it.

And then, afterwards, we are left with that feeling of awkwardness, of something left incomplete, a story untold.

It is worse when you're on the other side, though. You're there, waiting to picked up by that somebody that you like, waiting for him to choose you back. But this other person simply does not take a stand with you, and you're left there, waiting...

Until you tire and go someplace else. And then the weird feeling is his.
Because for people to fall in love, it is necessary to have that special feeling of fulfilled antecipation, of reciprocity... that will be the basis for the trust that is so necessary for a happy relationship. If you miss the step, the other falters, the trust is broken, and the dance is off rhythm.

Maybe it was never meant to be, anyway.

Thursday, April 05, 2007

fool me once, shame on you; fool me twice, shame on me

Assim como aquela história do sapo e do escorpião, existem comportamentos que parecem ir além da nossa vontade e racionalidade para se manisfestarem como essência...
Não adianta darmos segundas ou terceiras chances a outrém que pisou na bola, se o ato foi consequência da essência desse ser... a falta será cometida tantas vezes quanto a essência tiver a menor oportunidade de aflorar.
Outro ato ingênuo da nossa parte é permitir que essas faltas sejam repetidas, ao internamente se preparar para tais ocorrência e pensar: desta vez estou preparada, enxergo as coisas de modo diferente, ou não vou deixar chegar a um ponto em que isto me afete. Quer pior? Achar que dessa vez será diferente. Da última vez não foi, porque faltou uma comunicação melhor, porque naquele momento a perspectiva era outra...
Acho que isso também corrobora com aquela teoria de que as melhores escolhas são feitas em segundos, e quando as coisas têm que dar certo, elas dão certo desde o início... se começar a empacar, não adianta insistir.
Bem, vivendo e aprendendo, nem que seja por reflexo condicionado!

Saturday, August 19, 2006

Cartas aos Mortos

Uma vez eu li um livro com esse título: "Cartas aos mortos".

Ruminando seu conteúdo, só consegui sentir seu significado num momento em que, cheia de estofo para falar o que pensava, o que sentia, sabia que não tinha para quem dizer. O fulano principal para quem meu discurso brotava na mente não estava nem aí pra mim ou para o que eu tinha a dizer... voltávamos ao Mário Quintana.

Restava a mim, pobre ser desvalorizado e com palavras e sentimentos em excesso, escrever para quem nunca ia ler. Como uma message in a bottle.

Quantas vezes achamos que entendemos algo, até vir uma onda de vida que nos faz passar por algum momento diferente, que faz doer, que faz crescer, que faz sentir, e só então percebemos que até aquele instante, não havíamos entendido nada...

Tudo a ver com a filosofia taoísta, que diz que não há caminho se não vivermos o caminho.
Não se vive de teoria; de teoria especula-se, pretende-se.

Um livro não vale um momento, se você não viveu aquilo... é uma especulação do sentimento.
Li "O Pequeno Príncipe" quando era bem nova, achei bonitinho, nada demais. Aí, outro dia na casa da minha amiga, esperando qualquer coisa, vi o livro novamente e comecei a reler...
outro livro, outro sentimento. A parte da raposa é antológica: só entende quem viveu, de modo consciente, um amor que te cativou e foi embora. É um dos livros mais bonitos que eu já li.

Fico pensando quantas mensagens importantes estão na nossa cara, mas se precisamos viver para entender, então para que elas servem? Ou elas só estão aí?

Não tenho um fim para esse meu momento, para essa minha carta.

Thursday, August 17, 2006

Bad hair day

Sinto esse amargo da ausência, em que nem me foi dado a dignidade da rejeição e da dor completa.
Por que será que o coração quer se alimentar de forma regular? Por que não tudo de uma vez só, aos borbotões, e assim, armazenar para o inverno?
Não, este coração besta pega amor fácil, e assim atrapalha o trabalho, a filosofia da vida, a ginástica... querendo viver aquilo que se pode imaginar. Por quê, se já sabe como vai terminar? Que mania mais improdutiva de se apaixonar!

Wednesday, July 12, 2006

A fada do meu botequim

Como uma pessoa mágica num lugar comum... alguém que nos provoca aquele sentimento de infinito em um segundo. Acho que a vida é feita de momentos mágicos nos locais que menos se espera. Vivemos em busca de lugares especiais para que coisas especiais aconteçam, naquela ilusão de que podemos "comprar" os momentos cruciais da nossa vida, como um ingresso para o teatro. Lá a cena irá se desenrolar e viveremos emoções como em uma peça, uma história toda em uns instantes. Talvez seja essa a fonte de todo nosso consumismo, a vontade, a ansiedade em se criar o cenário para que os sentimentos venham... mas eles vêm e vão, sem mto controle, e mtas vezes, qdo menos se espera. Viu como não adianta nada todo esse nosso esforço absurdo?

Saturday, July 08, 2006

In the beginning...

Poetry is one way of talking to yourself: my lousy translation of a quote from Mario Quintana. This blog is also how I talk to myself, and then remember later on. My observations on life and living, hopefully truthful and hopefully meaningful. Intimate is a given, for I'm still to be convinced that's not the whole point of being here.

In the beginning there was feeling, it was all around and could not help itself but take the form of words. Awkward, unsure of itself and uncomfortable. As it came into the world of limitations, it struggled and cried, and felt misrepresented. And so writing began, with amazing potential but the realization of a mustard seed. Let's hope it grows.